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Valdir Ribeiro

Em busca do Pai: mensagem de um irmão da Estrada do Peregrino


Deus, na sua infinita sabedoria e misericórdia nos criou simples e ignorantes (sem conhecimento) e nos deu o poder de decidirmos o nosso próprio caminho a percorrer na nossa evolução espiritual (livre arbítrio).

Ao nos dar o poder, colocou em cada um de nós uma centelha (partícula ígnea ou luminosa que sai de um corpo incandescente uma chispa, lampejo, fagulha). Uma inspiração divina, ou seja, uma partícula do poder de Deus.

À medida que percorremos nossos caminhos na jornada da vida em nossa evolução precisamos ter três coisas básicas para superarmos todos os obstáculos que nos são colocados para a nossa evolução: conhecimento, entendimento e compreensão.

O conhecimento é o ato ou efeito de conhecer. Experiências e informações adquiridas com o estudo ou vivência. É a consciência do eu.

O Entendimento é a faculdade de compreender, pensar ou conhecer. Juízo, opinião, entender, combinação, ajustes.

A compreensão é o ato ou efeito de internalizar o que se entendeu (é conter em si, abranger). Alcançar com a inteligência, perceber, entender, ouvir. Estar incluído ou contido, faculdade de perceber, percepção. Conjunto de características de um objeto que se unificam em um conceito ou significação, conotação.

Estas três coisas básicas, para a grande maioria de nós, passam despercebidas em nossas vidas. Não damos a importância devida e raramente a aplicamos para o nosso próprio bem estar, tanto material quanto espiritual. Não nos atentamos que tudo em nossas vidas depende exclusivamente de nós, pois fomos criados para sermos espíritos livres dono do nosso próprio destino e que podemos fazer tudo o que quisermos, tanto de bom como de ruim, tanto certo como de errado; mas devemos saber que somos regidos por leis, e na lei não existe o acaso, não existe o meio certo ou o meio errado.

Quando entendermos que tudo o que falamos, pensamos, sentimos, agimos e fazemos tem uma consequência no universo e desta consequência teremos sempre uma resposta, saberemos direcionar melhor nossas vidas, tanto no material como no espiritual.

Nós somos os senhores e senhoras do nosso destino, nós somos responsáveis por tudo o que acontece ou se passa com nós e com as pessoas ou seres que dependem de nós.

Deus não tem pressa para nada e a nossa evolução depende mais de nós do que Dele, Ele nos deu tudo que precisamos para evoluirmos. O que precisamos é: saber, conhecer e entender para caminharmos em um mundo com paz, amor e felicidade.

Não devemos jogar a responsabilidade da nossa vida, da nossa evolução a terceiros nem a Deus (ou ao diabo) e nem a quem quer que seja. Recebemos de Deus a vida, a inteligência, o livre arbítrio para seguirmos, para trilharmos a nossa caminhada, a nossa jornada em busca da evolução espiritual.

Somos criaturas de Deus e como nos foi ensinado por Jesus em uma de suas parábolas, podemos ser o tipo de filho que quando o pai diz “faça isso ou aquilo”, nós podemos dizer “não vou fazer”, mas depois de pensarmos um pouco, resolvemos fazer o que o pai mandou. Ou poderemos ser o filho que quando o pai diz “faça isso ou aquilo”, nós poderemos dizer “vou fazer”, mas depois acabamos não fazendo.

Qual dos filhos está obedecendo ao Pai?

Qual dos filhos está cumprindo a sua obrigação?

Qual dos filhos, agindo dessa maneira, estará sempre sendo amparado pelo Pai?

Não deixemos nos iludir pelos prazeres da vida, não deixemos nos iludir pelas coisas aparentemente belas. Quando passamos a ser filhos pródigos, trocando a casa do Pai pelo mundo dos prazeres e aventuras, quando achamos que não necessitamos mais de Seu amparo, passaremos a conhecer o mundo como ele é e, sem amparo, conheceremos uma vida de choro e ranger de dentes.

Conheceremos a dor, a fome, o sofrimento, a miséria, a escuridão em toda a sua plenitude e poderemos ter a certeza que um dia iremos nos arrepender de termos perdidos o amparo de Deus, e com toda certeza iremos voltar para a casa Dele, nem se for em condição de ser um humilde servo.

Este retorno não será fácil, muitas vezes não teremos condições e nem forças para voltarmos por nós mesmos, precisaremos do amparo, do auxilio, do amor de pessoas que encontraremos no caminho de retorno.

Teremos que ter muita humildade, muita paciência, muita fé e resignação para alcançarmos os nossos objetivos, nem todos os irmãos que encontrarmos pelo caminho terá o conhecimento necessário para nos estender a mão. Será um retorno muito longo e doloroso, mas o que é mais importante saber é que na casa do Pai sempre terá uma porta aberta para chegarmos e sermos recebidos, com toda a certeza, de braços abertos por Ele, que na sua infinita sabedoria e bondade nos dará muito amor, pois o filho pródigo sempre volta, assim como uma ovelha desgarrada que volta a fazer parte do rebanho.

Saudações a todos os irmão e irmãs de fé em Jesus Cristo e Deus Pai todo poderoso.

De um irmão da Estrada do Peregrino.

Mensagem recebida por Valdir Ribeiro

Francisco Morato, 22 de maio de 2010.

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