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em Território

Arte e Cultura

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Bloco 02 - Cosmologias afro-indígenas e povos de terreiro: ciclos não linear

Este segundo bloco te convida a entrar em contato com outras formas de perceber a vida, o tempo, o corpo e o território. Cosmologias não são apenas crenças; são lentes que organizam o modo como cada povo entende a existência. São mapas invisíveis que guiam decisões, afetos, prioridades e relações.

Ao longo deste percurso, vamos explorar três referências fundamentais que dialogam entre si e provocam um deslocamento necessário da visão ocidental linear — aquela que enxerga a vida como uma linha reta, com começo, meio e fim, isolada da natureza e separada da comunidade.

Primeiro, você conhecerá o Cosmograma Dikenga, do povo Bakongo (África Central), um símbolo que representa o ciclo da vida em quatro momentos complementares. Este conhecimento questiona o mito do progresso contínuo e apresenta uma perspectiva circular, onde nascer, crescer, amadurecer e retornar fazem parte de um mesmo fluxo espiritual e comunitário. É um convite para revermos nossa relação com o tempo e com a finitude.

Depois, nos aproximamos da visão dos povos Tupi-Guarani, que compreendem o ser humano a partir de estágios existenciais e éticos, conectando a trajetória individual com o movimento da natureza, o sonho, a palavra e o pertencimento ao território. Aqui, vamos perceber como esse pensamento amplia nossa noção de responsabilidade e de vínculo com tudo o que vive.

Por fim, chegamos às reflexões de Nego Bispo, pensador fundamental para o Brasil contemporâneo. Ele confronta diretamente a lógica colonial que transforma terra em recurso, saber em propriedade e vida em produtividade. Seu pensamento nos convoca a reaprender a existir a partir da **convivência com a natureza**, da autonomia das comunidades tradicionais e da valorização de modos de viver que não cabem no padrão urbano-industrial.

Essas três perspectivas não competem entre si — elas se cruzam, se fortalecem e ampliam nosso horizonte. Preparam uma mudança fina, porém profunda: perceber que outras formas de vida, menos coloniais e mais cuidadosas, sempre existiram. E que recuperar esses modos de compreender o mundo é também recuperar a nós mesmos.

Este bloco abre caminho para que você entre na videoaula com o coração mais aberto, com o olhar mais atento e com a disposição de experimentar outras maneiras de imaginar o presente e construir o futuro.

CONTEÚDOS

2. Atividade prática – lambe-lambe

Construa o seu próprio Diagrama.

1. Escolha um símbolo + uma palavra ou frase curta que represente:

1.1 o ciclo em que ela está,

1.2 a forma de convivência que deseja praticar,

1.3 ou o vínculo com o território/natureza que quer fortalecer.

2. Crie um diagrama visual:

2.1 escolha uma paleta de 2 a 3 cores.

2.2 Defina um movimento (círculo, espiral, cruz, rio, raiz, sol).

2.3 Selecione um elemento da natureza que represente seu estado atual (folha, gota d’água, pedra, vento, sol, semente).

2.4 Marque cada ponto com palavras-chave.

3. Crie um Lambe-Lambe* do seu resultado.

3.1 Redesenhar a frase e o símbolo em papel A4.

3.2 Com o uso de cola e água, cole em uma superfície (autorizada)

Lembre-se: lambe precisa comunicar, não precisa ser “profissional”.

3.3 Antes de colar, reflita: “Que energia ou mensagem desejo oferecer ao meu território?”

4. Escolha um muro, caderno, porta, espaço comunitário ou até a própria casa e cole com cuidado, pensando no gesto como oferta, não como decoração.

4.1 Fotografe (se quiser) para compartilhar conosco.

*O lambe-lambe é uma técnica de arte urbana que utiliza cartazes de papel, com mensagens, ilustrações ou poesias, colados em espaços públicos como muros e postes. É uma forma de expressão efêmera, popular e de baixo custo, que busca intervir na paisagem urbana e comunicar diretamente com as pessoas. Historicamente, o termo também se referia aos fotógrafos de rua do início do século XX que usavam câmeras com laboratório acoplado, permitindo a revelação instantânea de fotos. Você pode criar a arte manualmente ou digitalmente e depois imprimi-la. A colagem é o momento principal.

Cabecalho Site Ciclo de Axe_7 Tronos Sagrados (200 × 80 cm) (1).png

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