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em Território

Arte e Cultura

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Bloco 03 - Axé, Natureza e futuro: comunidade, território e sustentabilidade

O que significa cuidar do fluxo da energia vital? E, antes disso, o que chamamos de energia vital? No universo afro-brasileiro, afro-indígena e de diversos povos tradicionais, essa força recebe muitos nomes — axé, força, encantamento, sopro, princípio — mas sempre aponta para a mesma ideia: a vida não existe sozinha. Ela circula. Ela depende de relações. Ela se fortalece no encontro.

Neste terceiro bloco, vamos aprofundar o conceito de Axé, entendido não como algo místico distante, mas como uma tecnologia ancestral que explica como as coisas se sustentam quando estão em equilíbrio — pessoas, territórios, rios, memórias, comunidades, florestas. Axé é movimento, é cuidado, é troca. É a energia que cresce quando circula e adoece quando é interrompida.

A partir dessa compreensão, abrimos as portas para enxergar que o debate ambiental não é apenas sobre “meio ambiente”, mas sobre relações de vida. Mudanças climáticas, poluição, destruição de territórios e eventos extremos não são fenômenos abstratos; são quebras no fluxo do axé do planeta. E essas quebras atingem de forma desigual diferentes corpos e territórios.

Por isso, este bloco também apresenta, de forma didática, o que é racismo ambiental e por que ele revela que a crise climática não é neutra. No mundo real, quem sofre primeiro e mais intensamente com enchentes, deslizamentos, secas, calor extremo ou falta de saneamento são justamente comunidades negras, indígenas e periféricas. Quando o território é negligenciado, o axé é quebrado — e vidas se tornam mais vulneráveis.

Por fim, vamos discutir adaptação climática, entendida como a capacidade de comunidades e territórios enfrentarem e reorganizarem sua vida diante das mudanças do clima. Não se trata apenas de soluções técnicas, mas de recuperar formas ancestrais de relação com a natureza que sempre foram mais equilibradas, mais regenerativas e mais solidárias.

Este bloco fecha a formação te convidando a perceber que cuidar do axé é cuidar da Mãe Natureza, e que cuidar da Terra é cuidar de nós. Aqui, ambiente, espiritualidade, corpo e política não se separam — eles formam um único tecido. E é nele que vamos trabalhar juntos.

CONTEÚDOS

3. Atividade prática – bordado em materiais orgânicos

Sugerimos escolher uma palavra ou pequena frase que represente aquilo que deseja fortalecer em seu Axé — algo que sinalize cura, proteção, vitalidade, recomeço ou equilíbrio.

1.Borde sobre um suporte orgânico escolhido no seu território: uma folha seca resistente, uma casca de árvore caída, um pedaço de tecido natural reaproveitado, um papel artesanal com fibras vegetais, ou até mesmo uma flor seca mais estruturada.

2.Para iniciantes, recomenda-se começar com folhas de mangueira, goiabeira, amendoeira ou costela-de-adão, pois secam bem e resistem ao bordado simples.

3.Durante a prática, observe o material em suas mãos, sinta a textura, o cheiro, observe a cor; perceba que o Axé também circula no gesto de coletar com cuidado e ao dar um novo sentido ao que você escolheu dar um novo sentido.

Portanto, ressignifique materiais orgânicos, mas também memórias, dores e a sua própria história!

Cabecalho Site Ciclo de Axe_7 Tronos Sagrados (200 × 80 cm) (1).png

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